quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Clichês da Pesada

As técnicas de compensar propagandas ruins vêm de muito longe. E aprenda, porque é mais fácil do que parece. Você pode até (quem sabe), quando estiver cansado de ter idéias explêndidas ou quando realmente não estiver conseguindo ter uma, apelar para esses clichês que quase sempre dão certo.
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Vejamos o caso dos garotos-propaganda. Há recursos bem tradicionais nesse quesito. Seguem exemplos clássicos:
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Gostosonas: As cervejarias são campeãs nisso, mas vários outros produtos também são apresentados aos consumidores por mulheres lindíssimas. É o recurso mais clássico de quando o publicitário está sem qualquer criatividade, e não adianta usar bobagens como gotinhas, sombrinhas...
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Bebês: Basta colocar bebezinhos na tela para que todo mundo faça carinha de feliz e fique com vontade de apertar. E os pentelhinhos não anunciam somente fraldas, mas também leite, papel higiênico, desinfetante, carro, etc.

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Bichinhos em Geral: Se não quiser apelar com gostosonas nem bebês, o jeito é usar bichinhos. Como nos outros exemplos, não precisa ser apenas anúncio de ração ou algo restrito ao mundo dos animais. Vale tudo! É só colocar um cachorrinho fofo que todo mundo se convence (seja lá do que for).

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Velhinhos Espertos: Foi-se o tempo em que havia somente preconceitos negativos. Hoje, há os preconceitos positivos. Não deixam de ser preconceitos, mas pelo menos servem para se passar uma falsa imagem bacana de alguma categoria que em geral sofre agruras em seu dia-a-dia. Pode ser em anúncio de liquidificador ou mesmo de celular. Casais de velhinhos apaixonados também dão certo.

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Atores Famosos / Produtos Bem Específicos: Nada mais normal do que usar um ator famoso para estrelar um anúncio. Mas é engraçado quando alguns rostos definitivamente não combinam com o produto. Priscila Fantin anunciando máquinas copiadoras, convenhamos, não é lá uma coisa muito convincente. Bem como Roberto Bonfim recomendando lingotes de aço. Mas ainda prefiro isso do que a Nair Belo empurrando financiamento para aposentados, naquele esquema das propagandas da 'hora do almoço' em que as financeiras tentam vender os empréstimos 'esfola véio'.

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Chatões Máximos: Todos os casos acima são facilmente defensáveis. São clichês, sem dúvida, mas têm suas razões de ser. Há motivos pra lá de óbvios para que existam, como é comum em quase todos os casos de clichês. Quase todos, pois os 'chatões da pesada' são inexplicáveis. E eles permanecem à frente de uma marca durante anos, às vezes décadas. É carisma? Duvido! Agora, na boa, eu sei que faço parte da maioria quando surgem aqueles garotos-propaganda chatíssimos, estrelando anúncios de lojas de departamentos ou coisas do gênero. As pessoas compram os produtos por conta dos preços e dos financiamentos, e não porque colocam um chatonildo para falar um texto obviamente pré decorado.

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