A tipografia tem grande importância na composição de um layout, devido à força que a comunicação escrita tem. Uma peça de comunicação de sucesso é resultado de ousadia, mas também de entendimento.
O uso da tipografia deve levar em conta o aspecto comportamental (conjuntural), já que as letras não são vistas individualmente, mas em conjunto.
O processo de escolha tipográfica envolve basicamente a decisão de focar em IMPACTO (sensibilização intensa) ou LEGIBILIDADE (que demanda harmonia de continuidade).
São cinco principais categorias de fontes [sete se contarmos as variações]:
Romanas ou Serifadas: derivadas das escritas a pena (minúsculas) e das letras entalhadas em monumentos (maiúsculas).
Romanas Antigas: estética clássica e tradicional. Usada em textos longos (impressos), ou associada a imagens antigas.
Romanas Modernas: estética fria e elegante, remete a modernidade. Usada em publicidades, títulos e logos, ou associada com letras não serifadas, como a Futura.
Egipcianas: estética forte, e de impacto; moderna. Adequada a textos curtos em geral, revistas, jornais, logotipos, cartazes (publicidade em geral) e associada a tipos sem serifa, como a Franklin Gothic.
Grotescas, Góticas, Lapidárias ou Não-Serifadas: muito utilizadas em publicações de característica técnica, trabalhos comerciais e de publicidade e para textos em meio digital. Também são muito utilizadas em sinalização, devido a sua grande visibilidade, mesmo com visão parcial.
Manuscritas: são relacionadas ao romantismo, leveza, delicadeza, distinção, suavidade, particularidade, intimidade. As mais modernas também estão associadas à espontaneidade e velocidade. São usadas em casos específicos, em geral para textos curtos (por causa da legibilidade comprometida) ou títulos, e em situações especiais.
Decorativas: não seguem nenhum estilo específico, apenas o próprio; normalmente, baseiam-se em algum tema visual, desenvolvendo os caracteres livremente em torno deste tema. Muito usadas em títulos, chamadas, textos curtos e inserções que exijam algum tipo de design específico.
Pixel-fonts: surgidas com a popularização da internet e dos meios de leitura digitais, as chamadas pixel-font são desenhadas para obter uma melhor leitura/visualização em tela.
Há basicamente 3 tipos de contraste possíveis quando se combina diferentes categorias de fontes:
Harmonia: ocorre quando se utiliza somente fontes da mesma categoria e mesma família. Não causa conflito, mas em geral resulta em um layout monótono e pouco atraente.
Conflito: ocorre quando se utiliza duas fontes da mesma categoria mas de famílias diferentes ou quando se utiliza duas fontes com características muito fortes e conflitantes. O resultado é um incômodo visual, ou porque as fontes são quase parecidas ou brigam visualmente
Contraste: ocorre quando se utiliza duas fontes de categorias diferentes, cujas características se equilibram. O resultado é um design mais rico, agradável e interessante. O contraste pode ser obtido utilizando-se variações de estilo (negrito).
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